A Escola de Música de Mesão Frio, fruto de um protocolo entre a Câmara Municipal e a Associação Alio Vírio, iniciou atividades no final de outubro e já conta com cerca de 50 alunos. As aulas, ministradas pelo Professor Diamantino Nogueira, decorrem de terça a sábado num dos edifícios da antiga Residência de Estudantes. A Autarquia investiu aproximadamente 6 mil euros em instrumentos musicais, com o objetivo de oferecer aos alunos a oportunidade de aprenderem antes de adquirirem os seus próprios instrumentos.
O projeto tem como plano estratégico promover a formação musical de jovens e adultos, além de criar uma orquestra e grupos musicais, com foco na formação de instrumentistas.
Para Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, a parceria é de suma importância para o funcionamento da Escola de Música: “Sempre defendi e assumi como propósito que as associações locais são e devem ser parceiros estruturantes da autarquia local. Elas desempenham um papel fundamental na preservação da identidade cultural e patrimonial do concelho. Ao promover o envolvimento da comunidade em atividades culturais, desportivas e recreativas, as associações asseguram a democratização da cultura, tornando-se pilares da participação cívica”, afirmou, relevando o papel desta Escola no fortalecimento da cultural local.
A Escola de Música de Mesão Frio oferece um currículo diversificado, com formação em diversas áreas da música, como a técnica instrumental, classes de conjunto e práticas de orquestra, abrangendo desde iniciantes até músicos mais experientes. Uma oportunidade para jovens talentos e para fortalecer o vínculo da comunidade com a arte e a cultura.
Diamantino Nogueira, professor de música refere que a recetividade da Escola de Música excedeu todas as expectativas: “a adesão das pessoas está a ser muito maior do que estávamos à espera. Na altura que iniciámos achávamos que iríamos ter no máximo 20 alunos e neste momento estamos com cerca de 50 inscrições. Digamos que há uma mescla de pessoas que tem vindo a aderir. Achei curioso que houvesse a adesão de tantas pessoas adultas, empenhadas e que praticamente não faltam a uma aula. Tal como qualquer processo de ensino, este é contínuo, vai-se aprendendo e praticando.”
Violino, bandolim, cavaquinho, guitarra elétrica, guitarra acústica, baixo, piano, órgão, acordeão e bateria são alguns dos instrumentos que os alunos podem aprender a tocar.
“Ando na Escola de Música desde o dia 31 de outubro, data em que arrancou. A evolução tem sido fantástica, porque o meu entusiasmo redobrou. Aprender um instrumento musical é incrível! Devemos abraçar com todo o carinho este projeto da Câmara Municipal, para levarmos por diante, porque eu sei que a música ajuda a desenvolver competências. Na escola vi muitos alunos, sobretudo com necessidades especiais, a evoluírem com a música”, refere a professora aposentada do Ensino Básico, agora no papel de aluna de bandolim, Maria Amélia Osório.
Graça Soares, aluna de cavaquinho, confessa que o seu gosto pela música já é antigo: “Ando na escola de música desde que arrancou, mas já frequentava a Escola de Música dinamizada na Biblioteca Municipal. É uma coisa que eu gosto, que me faz bem. Nada é fácil e nada é difícil, vai com o tempo. A gente tem que ir aprendendo os acordes, mas devagar vamos lá. Neste caso, escolhi o cavaquinho, porque é um instrumento que eu gosto. Eu aqui esqueço tudo, o meu cérebro só se foca nisto”, diz com satisfação.
Para já, as aulas de violino acontecem às terças-feiras, tanto de manhã como à noite, seguidas de aulas de acordeão e piano. Na quarta-feira de manhã, há aulas de violino e bateria. À quinta-feira de manhã, realizam-se aulas de violino, seguidas de cavaquinho, bandolim, guitarra e piano, com o último horário até às 23 horas. Na sexta-feira de manhã, são as aulas de cavaquinho e acordeão. Já aos sábados, há aulas de guitarra e violino.
Para o aluno Francisco Moreira esta é uma “experiência enriquecedora”, no entanto, o instrumento que está a aprender está a ser desafiante: “é muito difícil aprender acordeão, mas as coisas não se fazem de uma vez só. A Câmara Municipal tem feito tudo pelos mais jovens e pelos idosos”, diz surpreendido com a dinâmica da Escola de Música.
Por seu turno, Dionel Mota vive “uma experiência completamente nova. Gosto da convivência com as pessoas e nunca é tarde para aprendermos. Estou a aprender a tocar piano e órgão. Surgiu esta oportunidade e vim eu, a minha mulher e a minha prima. É uma boa experiência!”
As inscrições nunca estão encerradas e a qualquer altura do ano, todos os interessados em frequentar a Escola de Música podem efetuar a sua inscrição, dirigindo-se, para o efeito, às instalações da Escola de Música ou contactando a Associação Alio Vírio.