Através da campanha de âmbito nacional do laço azul, sob o mote “Serei o que me deres…que seja amor”, a Câmara Municipal de Mesão Frio e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Mesão Frio (CPCJ) do concelho, assinalam, a partir de hoje, 1 de abril, o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, com um conjunto de ações a serem realizadas durante o mês, para sensibilizar a população para a temática.
Durante todo o mês de abril, a fachada do edifício dos Paços do Concelho de Mesão Frio estará iluminada com a cor azul e serão partilhados, com toda a população, laços azuis e panfletos alusivos à história do laço azul. Junto da comunidade escolar, serão realizadas várias ações de sensibilização sobre comportamentos de risco, designadamente: tabagismo, drogas ilícitas e gravidez na adolescência.
Também o comércio local foi desafiado a decorar as montras com adereços azuis, porém, o repto é extensível às instituições e à população em geral. Todos os munícipes que pretenderem associar-se ao movimento, estão convidados a colorir de azul, com laços ou outros materiais, janelas, portas, varandas, entradas de prédios, fachadas de edifícios, montras, ruas, etc. O objetivo é criar impacto e dar visibilidade à campanha. O conjunto de iniciativas culmina com um laço humano azul construído pelas crianças do Centro Escolar de Mesão Frio.
O movimento do laço azul surgiu em 1989, nos EUA, criado por Bonnie Finney, depois de saber que os seus netos tinham sido vítimas de maus-tratos por parte dos pais. As crianças apresentavam nódoas negras pelo corpo. O neto acabou mesmo por ser assassinado pelos pais e como forma de lidar com a dor, a avó atou um laço azul à antena do seu carro, fazendo com que as pessoas se questionassem. A escolha da cor surgiu com a finalidade de representar os corpos magoados e repletos de nódoas negras dos seus dois netos, tornando-se, ao mesmo tempo, um símbolo de alerta para a luta na proteção das crianças contra os maus-tratos. O movimento expandiu-se a nível mundial e enfatiza o efeito da preocupação que cada cidadão pode ter no despertar de consciências, em relação aos maus-tratos contra as crianças, na prevenção, promoção e proteção dos seus direitos. Atualmente, muitos países usam as fitas azuis durante o mês de abril, em memória daqueles que morreram como resultado de abuso infantil e como forma de apoiar as famílias e fortalecer as comunidades nos esforços necessários para prevenir o abuso infantil e a negligência.
A Câmara Municipal e a CPCJ convidam toda a sociedade civil a juntar-se a esta causa e a disseminar a história do laço azul, tal como a colaborar na denúncia de maus-tratos. Contamos com todos. Seja parte desta campanha e desta luta!