Foi na última sexta-feira que “O Rapaz do Douro” marcou encontro na Biblioteca Municipal de Mesão Frio para mais um serão de “Tertúlias na Biblioteca”.
Com as estantes de livros como pano de fundo, a escritora Jeannine Johnson Maia abriu a conversa sobre o seu romance que nos leva numa viagem pela vida de Henrique, “um rapaz à procura de si próprio e daquilo em que se quer tornar”.
Com “casa cheia”, a tertúlia levou a um diálogo sobre a ligação desta história, que começa em Mesão Frio, à nossa região, ao rio Douro, aos barcos rabelo e a tantas outras coisas que simbolizam o território duriense.
“Fiquei surpreendida como é que a escritora conseguiu descrever o Douro com tanto pormenor, não sendo ela de cá”, afirma Maria Monteiro, que ouviu atentamente a conversa sobre o livro que já teve oportunidade de ler. Quanto às tertúlias, estas “deviam continuar, mas abordar outros temas para além do Douro”, considera.
Susana Cerqueira ainda não teve oportunidade de conhecer “O Rapaz do Douro”, mas o interesse começou a fervilhar após a tertúlia. “Depois desta sessão fiquei ainda com mais vontade de ler o livro”, revela. A ligação ao Douro e a forma como Jeannine Johnson Maia descreveu a região foram os elementos que mais a surpreenderam na obra. “Adorei ouvir o ponto de vista de alguém que não tem raízes no Douro e fiquei boquiaberta ao perceber todo o trabalho de investigação que a autora fez para redigir o livro”, acrescenta ainda.
A Tertúlia “O Rapaz do Douro” contou com a participação do escritor duriense Manuel Igreja, que considerou a conversa de extremo interesse devido “ao olhar da Jeannine que resulta de uma perspetiva de alguém que é de fora e que tem uma visão mais objetiva do Douro”.
Com esta iniciativa acredita que “as pessoas ganharam ainda mais interesse por esta obra e conseguiram identificar-se com o que foi transmitido na história”.
Jeannine Johnson Maia terminou este encontro com “vontade de repetir”. “Gostaria de voltar e ter esta conversa com mais pessoas que leram o livro”, revela.
Com “O Rapaz do Douro” procurava “uma história apaixonante para as pessoas lerem e aprenderem mais sobre a região duriense”, através da utilização de “factos reais para criar ficção”. Deste encontro resultaram “as diferentes perspetivas das pessoas” que permitiram à autora “perceber o que funciona no livro”.
De sorriso estampado na face ao ser abordada pelas pessoas no fim da tertúlia, onde pôde autografar alguns livros e conversar com os leitores presentes, confessa que o que a deixa mais realizada é o impacto que a sua obra tem em que a lê.
“Gosto de saber que o que imaginei parece realista para as pessoas e quando terminam o livro e dizem que aprenderam alguma coisa sobre o Douro”, conclui a autora.
A Tertúlia João de Araújo Correia não pôde estar fisicamente presente mas não deixou de participar com o envio de um excerto do conto “Manuel do Mundo”, da obra “Montes Pintados”, que deixou a audiência de olhar curioso e atento.
O livro “O Rapaz do Douro” encontra-se à venda na livraria “As Marias”, que esteve também presente na iniciativa.