Foi ao som da Viola Amarantina ou da viola de dois corações, como também é conhecida, que o último serão das ‘Tertúlias na Biblioteca’ aconteceu. Numa conversa/concerto informal com o músico Rui Fernandes, professor, divulgador e instrumentista, a Biblioteca Municipal de Mesão Frio foi palco para uma noite cultural ímpar.
Proveniente de Vila Real, Rui Fernandes é o rosto de um projeto de divulgação dedicado a uma das violas de arame mais tradicionais de Portugal. O músico suscitou a curiosidade de todo o público, levando-o a colocar perguntas e a tecer comentários ao seu trabalho e a este instrumento musical tão versátil, justamente no dia em que se assinalou o 99.º aniversário do nascimento do importante compositor e guitarrista português, Carlos Paredes.
Rui Fernandes agradeceu o convite endereçado pela Câmara Municipal de Mesão Frio e exibiu alguns dos timbres que tem procurado explorar na Viola Amarantina, comprovando que o instrumento tem mais sonoridades para além das da música tradicional. O músico é também diretor artístico do Festival Internacional «Magos da Guitarra», que vai passar por Mesão Frio já no próximo dia 2 de março com a atuação imperdível do guitarrista internacional Trevor Babajack.
Em representação da Tertúlia João Araújo Correia, Helena Gil convidou o público a visitar a exposição do pintor Emerenciano, «Celebrar o Douro: 20 escritores / 20 anos de Douro Património da Humanidade», patente no espaço da Biblioteca desde dezembro passado, uma parceria do Município de Mesão Frio com a Associação dos Amigos do Douro, a Tertúlia João de Araújo Correia e o Museu do Douro. A todos os presentes foi oferecido o livro com o mesmo título, que enquadra a exposição, onde o contista barqueirense, Domingos Monteiro, figura entre os representados, num conjunto de autores de referência que inclui também Pina de Morais, escritor igualmente muito ligado a Mesão Frio e à Casa das Quintans.