Entre os dias 29 de Novembro e 10 de Dezembro decorreu mais uma edição da Feira Anual de Santo André, uma tradição de largos anos em Mesão Frio, que faz parte da memória colectiva da população e de muitos turistas que, todos os anos, nos visitam. É a mais famosa Feira da região e um símbolo da “Porta do Douro”. Este evento, que junta uma grande quantidade e variedade de comerciantes é um dos bons exemplos entre as feiras de carácter rural no nosso país.
Ao longo dos últimos anos, a Feira Anual da Santo André vem ganhando força e representatividade sendo actualmente uma referência na oferta comercial e turística para esta época do ano. Numa época em que as feiras têm vindo a perder influência é com grande satisfação que vemos um evento como este ganhar força e interesse ano após ano.
Este ano, o clima esteve excelente e os expositores estavam satisfeitos com a sua participação, a boa organização da Feira e o facto de ser um ponto de encontro tradicional do mundo rural, traduz-se sempre em óptimos contactos possibilidades de negócio.
À “Porta do Douro”, a população voltou a engalanar-se para a Feira de Santo André. Durante o certame, decorreram vários espectáculos culturais, recreativos e desportivos com animação de rua, exposições e muita música. Para conferir a autenticidade muito própria da Gastronomia e Vinhos da Região, esta edição contou com um espaço destinado à comercialização de vinhos e iguarias composto exclusivamente por produtores e comerciantes do Concelho. A tenda da “Festa da Marrã” foi ponto de encontro e convívio obrigatório.
O mercado medieval cresceu em termos de dimensão e esteve repleto de artesãos e figurantes que recriaram ofícios e profissões da época. Camponeses, damas de companhia, frades, odaliscas, entre muitas outras figuras do clero, da nobreza e do povo, desfilaram pelo coração da Feira. Nesta verdadeira máquina do tempo, centenas de visitantes observaram atentamente guerreiros de armaduras imponentes, cuspidores de fogo, reis e belas princesas, malabaristas, trovadores e bobos sorridentes.
Esta edição encerrou com o Fado que, este ano, merece especial destaque pela classificação da UNESCO como símbolo da identidade nacional e Património Imaterial da Humanidade, uma designação que abrange tradições, conhecimentos, práticas e representações que fazem a matriz cultural do nosso país e que, juntas, formam uma espécie de tesouro intangível do mundo.