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Criada a infraestrutura física que no futuro constituirá o Centro de Receção ao Visitante do Castro, esta inauguração serviu também para apresentar os principais objetivos e ideias da Autarquia para o espaço exterior do complexo do Castro de Cidadelhe, assim como o que se pretende que este edifício venha a proporcionar a quem o visita.
A Autarquia anunciou a vontade de fazer nascer o projeto “Cidadelhe – Raízes Vivas”, com os objetivos de consolidar a valorização do Castro, contextualizar o espólio arqueológico, valorizar as acessibilidades e circuitos, promover a integração paisagística e arranjos exteriores, a criação de uma experiência imersiva, a sua promoção e divulgação, assim como assegurar a acessibilidade, a interpretação e a fruição do Património Histórico.
O evento teve início com o descerrar da placa inaugural por Paulo Silva, presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, e António Cunha, presidente da CCDR-N.
No seu discurso, Paulo Silva referiu que pretende que este seja “um local que receba pessoas de todas as latitudes que aqui encontrem espaço para que, de uma forma lúdica, pedagógica e interpretativa, possam olhar para o passado que é de todos e encontrar respostas que nos ajudem a encarar positivamente um futuro comum”. Sublinhou ainda que a Autarquia tem em curso uma Candidatura a fundos europeus para o Castro, integrada no objetivo geral da Autarquia para o turismo no Município, com projetos que pretendem “valorizar a memória herdada dos mais antigos, propor a descoberta interpretativa do Concelho e conectar os que nos visitam com as nossas populações residentes”.
O Castro de Cidadelhe, classificado como Bem de Interesse Público desde 1992, passou a integrar a Rota “Castros do Norte” promovida pela CCDR-N em 2024. Com uma área de 14 hectares, está atualmente sob gestão municipal, com o agora inaugurado edifício a beneficiar de um investimento superior a 300 mil euros, com recurso a fundos europeus.
Também António Cunha destacou a importância desta inauguração, sublinhando que “esta bonita construção que aqui está, na sua simplicidade e no modo como usa um dos elementos mais utilizados no Douro – o xisto, é um bom exemplo do modo como se constrói uma estratégia bem definida, como esta implementada pelo autarca Paulo Silva”. Acrescentou ainda que “não faz sentido falarmos hoje e neste local, sem falarmos de vitivinicultura, sem falarmos de Turismo, sem falar de Cultura e conhecimento”, afirmando que “tudo isto está integrado e esse tem sido também o foco de Paulo Silva”. Concluiu reforçando que “o projeto para o Castro de Cidadelhe está alinhado com as políticas da CCDR-N e tem todas as condições para ser aprovado”.
Após o seu discurso, António Cunha assinou ainda o Livro de Honra da Câmara Municipal de Mesão Frio.
Durante a sessão foram apresentados outros projetos já em implantação e integrados na estratégia do Município para o Turismo, entre eles a criação de diversos trilhos pedestres homologados e o Centro de Acolhimento do Visitante do Douro, um espaço tecnológico e imersivo que será muito em breve instalado no atual Posto de Turismo.
Seguindo o mesmo propósito, a Autarquia tem também já aprovada a candidatura de requalificação do acesso ao antigo Cais do Bernardo, e apresentou no final de março uma outra candidatura de âmbito cultural que pretende a salvaguarda das Castanhetas de Barqueiros, com vista à sua integração no Inventário Nacional do Património Cultural e Imaterial.
A cerimónia contou com a presença de Carlos Pombo Silva, presidente da Assembleia Municipal de Mesão Frio, Jorge Sobrado, vice-presidente para as áreas da Cultura e Património, Cooperação e Comunicação da CCDR-N, Luís Machado, presidente da CIM Douro, e Humberto Cerqueira, vogal executivo do Norte 2030, bem como todos os presidentes das Juntas de Freguesia de Mesão Frio, os párocos locais e vários representantes de entidades e instituições do Concelho.
Após a inauguração, o Executivo municipal acompanhou Jorge Sobrado, responsável pelas áreas da Cultura e Património, Cooperação e Comunicação da CCDR-N, numa visita a algum do património religioso do Concelho com necessidade de intervenção mais urgente: Capela de São Caetano, Igreja de Santa Cristina e Claustro envolvente, a Igreja de São Nicolau e Arcas Tumulares adjacentes e a Igreja Paroquial de Barqueiros. Durante a visita, o vice-presidente da CCDR-N sugeriu mobilizar equipas técnicas para a realização de relatórios de avaliação, tanto para efeitos de uma eventual classificação patrimonial como para identificar necessidades urgentes de contenção de danos, com vista à viabilização de futuras intervenções, não excluindo possíveis intervenções mais profundas desde que passíveis de financiamento externo à Autarquia.