"Mesão Frio: Percursos de uma identidade" é uma residência artística de sete projetos fotográficos e três documentários, referentes ao concelho e que está patente no Água Hotels Douro Scala, em Cidadelhe, até ao dia 10 de julho. O trabalho foi realizado pelos alunos do mestrado em comunicação audiovisual da Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo (ESMAE). A estreia da exposição de fotografia documental aconteceu no dia 28 de junho e, no mesmo dia, decorreu no Auditório Municipal de Mesão Frio a ante-estreia de três documentários, destinados exclusivamente a convidados. No dia 29 de julho, os documentários estiveram em estreia, disponíveis ao público em geral. A iniciativa contou com o apoio da Câmara Municipal de Mesão Frio. A mostra pretende conduzir a uma viagem pelo concelho, acompanhando algumas pessoas e lugares que coabitam entre o progresso turístico permanente e o desenvolvimento social, económico e cultural lento. São explorados ainda, os cenários de desertificação das aldeias, o trabalho na vinha, os trabalhadores e os caseiros das quintas. Na exposição fotográfica são evidentes algumas das últimas pessoas que nasceram no hospital da Misericórdia. A inauguração da exposição de fotografia documental decorreu pelas 18h30, no Água Hotels Douro Scala, em Cidadelhe, onde estiveram presentes todos os convidados que, foram deliciados com um cocktail servido num dos átrios do hotel, espaço que também recebeu o concerto do Quarteto de cordas da ESMAE. Ao som dos violinos, viola d’ arco e violoncelo, os convidados ficaram deslumbrados com alguns temas de Mozart ou até mesmo de Shostakovich. De seguida, procedeu-se à visita guiada pela exposição, distribuída por várias divisões do hotel. Na abertura da inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Alberto Pereira, salientou que a mostra veio engrandecer o concelho: “estes documentos, através das imagens, fotografias, filmagens e depoimentos recolhidos, têm, para os mesãofrienses em particular, uma importância redobrada pelas informações que contêm e assumem enorme relevância por propiciarem registos que permitem traçar a matriz patrimonial, cultural e sociológica do concelho”, afirmou, agradecendo a todos os representantes da ESMAE e respectivos alunos, o facto de optarem pelo concelho de Mesão Frio para a realização dos seus trabalhos. Olívia Silva, coordenadora do mestrado em comunicação audiovisual da ESMAE, agradeceu a todos os convidados a forma como foram recebidos pelos lugares que visitaram no concelho de Mesão Frio, dando especial destaque ao apoio prestado pela Câmara Municipal de Mesão Frio, sublinhando a existência de “uma forte ligação aos lugares e às gentes do concelho com uma periodicidade regular”. A coordenadora salientou ainda, a importância que o trabalho realizado representa na história do Município: “pôr ao alcance dos mestrandos uma estreita ligação entre escola e mundo profissional com leituras pessoais e abertas sobre temas à escolha, permitiu uma inesquecível consideração pela função social e cultural deste Município”. À noite, pelas 21h30, o Auditório Municipal de Mesão Frio foi o local para a apresentação, projeção e antestreia dos documentários “O tempo que durar”, “Realidade sim. Realidade não. A que estiver” e “Registo. Particípio Passado”. No dia seguinte, pela mesma hora e no mesmo local, foram apresentados os mesmos documentários, em estreia ao público em geral. Os trabalhos foram executados por dezoito alunos da ESMAE, com a colaboração das populações locais e das Juntas de freguesia de Cidadelhe e Barqueiros, e da Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio. Os alunos realizaram um trabalho exemplar que, resultou na conceção de um legado para o concelho de Mesão Frio, como forma de transmitir às gerações futuras as memórias e vivências daquilo que o concelho foi outrora.