Em Mesão Frio voltou a celebrar-se a importância do livro como bem cultural, fundamental para o desenvolvimento da literacia. Constada a importância deste, estimularam-se hábitos de leitura em miúdos e graúdos, com mais uma edição da feira do livro de Mesão Frio que decorreu de 28 a 1 de junho, no pavilhão multiusos municipal. Durante cinco dias, foram múltiplas as atividades apresentadas, especialmente à comunidade escolar, com teatro, música, ateliers de pintura e artes plásticas para crianças, literatura e uma feira de emprego. Houve ainda o encontro com o escritor Alexandre Parafita, com a promoção do seu livro «Contos de boas contas» e sessão de autógrafos. A par deste certame, no auditório municipal, a companhia de teatro Filandorra Teatro do Nordeste encenou a peça dramática «O Auto da barca do inferno», de Gil Vicente, destinada exclusivamente a alunos do 9.º ano, uma experiência educativa sobre a obra que está incluída no conteúdo a lecionar na disciplina de Língua Portuguesa, neste ano de escolaridade. A sessão de abertura da feira do livro teve lugar no dia 28 de maio, tendo sido dirigida aos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico, do Agrupamento de Escolas Professor António da Natividade, com vários encontros com o escritor Alexandre Parafita que, proporcionou às crianças a oportunidade de ficarem a conhecer um pouco mais sobre a sua vida e obra. O escritor agradeceu o convite endereçado pela autarquia e realçou a importância do livro, classificando-o como “um alimento imprescindível”, um meio de transmissão de cultura e de informação, necessário para o crescimento e formação de qualquer criança ou adulto. No final do discurso e colocadas as questões pelas crianças ao escritor, estas adquiriram a obra «Contos de boas contas», livro que foi assinado pelo autor, numa sessão de autógrafos que encerrou todos os encontros que por ali foram acontecendo durante todo o dia. No segundo dia, decorreu no mesmo espaço da feira do livro, a feira de emprego, formação, qualificação e orientação escolar, com o propósito de reunir ofertas de emprego, estágios e promover informação relativa aos ensinos secundário, profissional e superior. Como já é habitual, as empresas e outras entidades aderiram positivamente à participação nesta feira que, pretendeu promover a empregabilidade no concelho e na região. Pelas 21h30, o pavilhão multiusos encheu, uma vez mais, para assistir à segunda «gala dos pequenos cantores», coro que este ano envolveu 26 crianças do 1º ciclo do Agrupamento de Escolas Prof. António da Natividade. Este ano, os cantores de palmo e meio voltaram a exibir um reportório com novos e variadíssimos temas, mas igualmente conhecidos do grande público. Do total dos 12 temas, o «Hino de Mesão Frio», como sempre, foi o que mereceu maior destaque por parte dos cantores e do público. No final do espetáculo, o presidente da Câmara Municipal de Mesão Frio, Alberto Pereira, entregou os certificados referentes à participação dos “pequenos” talentos nesta gala, tendo dirigido o seu agradecimento aos pais e encarregados de educação das crianças, à dupla de apresentadores da gala, ao diretor artístico e coordenador geral deste projeto, Rui Quintela, a todas as crianças que se preparam exigentemente para atuar na gala e ainda, aos funcionários da autarquia envolvidos em todo o processo. “Apraz-me registar o entusiasmo que esta iniciativa tem despertado na comunidade escolar e na comunidade em geral”, revelou o presidente da autarquia, declarando que, “Com este projeto pretendemos proporcionar a todos os residentes no concelho o acesso à cultura em igualdade de condições. Vamos continuar a investir na formação integral das crianças do nosso concelho, porque o orgulho que sentimos é motivo mais do que suficiente para prosseguirmos no cumprimento dos nossos objetivos”, afiançou. No dia 30 de maio, sábado, durante o período da tarde, decorreram atividades para pais e filhos, com um atelier de pintura, jogos populares e pinturas faciais. À noite, foi o momento de rir às gargalhadas com a comédia «O saco das nozes», levada a cena pela companhia de teatro Filandorra Teatro do Nordeste. A peça que muito divertiu o público, especialmente as crianças, envolveu sete personagens em palco, tendo sido este um espetáculo de homenagem ao escritor e poeta António Manuel Pires Cabral. A narrativa baseia-se em vários relatos da tradição oral, dando como resultado uma história coerente e hilariante, embora naturalmente fantasiosa. A parte central do enredo parte do pressuposto de que as mulheres devem ser submissas aos seus maridos, com base em certas passagens da Bíblia. No entanto, a evolução dos acontecimentos em cena mostra-nos precisamente o contrário. O penúltimo dia da programação foi dedicado à «hora do conto», em que os mais pequenos ouviram histórias contadas pelos funcionários da Biblioteca Municipal. Também no mesmo dia, houve ateliers de expressão plástica para crianças dos três aos seis anos e para crianças a partir dos seis anos de idade. No dia 1 de junho, dia mundial da criança e também último dia deste certame, decorreu pelas 9h30, uma sessão de cinema destinada a todas as crianças do Ensino Pré-escolar e da creche da Santa Casa da Misericórdia de Mesão Frio, com o filme «A casa da magia». Pelas 11 horas, decorreu uma segunda sessão destinada a alunos do 2.º, 3.º e 4.º anos. Este ano, os pequenos cantores voltaram a ser os afintriões desta festa dedicada à criança, tendo subido ao palco do pavilhão multiusos para mais uma atuação. O livro, ingrediente fundamental no processo educativo, esteve, uma vez mais, bem representado nesta edição, onde estiveram expostos os diferentes editores, com centenas de livros de literatura nacional, estrangeira e infantil. A grande festa do livro foi mais um evento cultural repleto de atividades, numa organização da Câmara Municipal de Mesão Frio, com o objetivo de continuar a despertar nas crianças, nos jovens e nos adultos o prazer pela leitura.