Inicia-se, hoje, o Mês Internacional da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância e Juventude. Neste âmbito, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Mesão Frio, com a colaboração da Câmara Municipal, do Contrato Local de Desenvolvimento Social – CLDS 4G Porta D’ Ouro e do Agrupamento de Escolas Prof. António da Natividade voltam a associar-se à campanha nacional, promovendo um conjunto de ações junto da comunidade, como forma de sensibilizar para esta temática.
O comércio local foi desafiado a decorar as montras com adereços azuis, todavia, o repto é extensível às instituições e à população em geral. Todos os munícipes que pretenderem associar-se ao movimento, podem e devem colorir de azul, com laços ou outros materiais, janelas, portas, varandas, entradas de prédios, fachadas de edifícios, montras, ruas, durante todo o mês de abril.
A Câmara Municipal de Mesão Frio irá associar-se à iniciativa, com a iluminação da fachada do edifício dos Paços do Concelho. O objetivo principal é criar impacto e dar visibilidade a esta causa.
O movimento do laço azul surgiu em 1989, nos EUA, tendo sido criado por Bonnie Finney, depois de saber que os seus netos tinham sido vítimas de maus-tratos por parte dos pais. As crianças apresentavam nódoas negras pelo corpo. O neto acabou mesmo por ser assassinado pelos pais e como forma de lidar com a dor, a avó atou um laço azul à antena do seu carro, fazendo com que as pessoas se questionassem. A escolha da cor surgiu com a finalidade de representar os corpos magoados e repletos de nódoas negras dos seus dois netos, tornando-se, ao mesmo tempo, um símbolo de alerta para a luta na proteção das crianças contra os maus-tratos.
O movimento expandiu-se a nível mundial e enfatiza o efeito da preocupação que cada cidadão pode ter no despertar de consciências, em relação aos maus-tratos contra as crianças, na prevenção, promoção e proteção dos seus direitos. Atualmente, muitos países usam as fitas azuis, durante o mês de abril, em memória daqueles que morreram como resultado de abuso infantil e como forma de apoiar as famílias e fortalecer as comunidades nos esforços necessários para prevenir o abuso infantil e a negligência.